KALAHARI

Imaginem o deserto. Imaginem a sua imensidão, a sua suavidade e a sua dureza. O deserto, metáfora da solidão, é no entanto povoado. Povoado de segredos, que definem o ser enigmático que é, e não o simples espaço exposto ao olhar. A linguagem do deserto é selvagem, pura e intacta. Escutem-na, sintam-na, ela desafia, avança, rouba, e deixa-nos atónitos, enfeitiçados, à beira de uma felicidade ininteligível.