Sedutor, sensual, sedutor… O almíscar é bem conhecido pelos seus poderes afrodisíacos. Os perfumistas brincam com uma miríade de almíscar sintético para fixar, misturar e moldar ingredientes numa série de acordos intoxicantes. Estas notas são limpas e transparentes, emprestando um efeito aveludado e magro.
Originalmente, o almíscar utilizado nos perfumes era extraído do veado almiscarado. Contudo, por razões ecológicas e económicas, os almíscares de hoje são criados de forma sintética. Comummente chamado almíscar branco ou musk transparente, é criado através de síntese orgânica e é essencial para a difusão e tenacidade das fragrâncias. Fixolide, habanolide, galaxolide e ambrettolide são exemplos de almíscar branco.
No final do século XIX, as moléculas com cheiro almiscarado foram sintetizadas utilizando a nitração do isobutileno. Graças à síntese orgânica, os químicos foram capazes de recriar os almíscares, mantendo as suas propriedades fixadoras, enquanto eliminavam o aspecto sujo e fecal dos almíscares animais. Os musks nitrados foram seguidos pelos musks macrocíclicos e depois pelos musks policíclicos. Actualmente, existem cerca de 300 almíscares sintéticos que têm uma nota pura, linear, pulverulenta e envolvente que é obrigatória na perfumaria moderna pela sua capacidade de aumentar a difusão e adicionar redondeza às fragrâncias criadas para dar resposta à tendência actual do mercado de perfumes de fragrâncias reconfortantes.
10% das pessoas têm anosmia e não conseguem perceber o cheiro de almíscar sintético.