Essa desaceleração é particularmente perceptível no grupo da Geração Z, cujo interesse em marcas de luxo está diminuindo, resultando em uma base de clientes cada vez menor, de aproximadamente 50 milhões, nos últimos dois anos.
No entanto, a Bain & Company relata que os clientes de luxo convencionais estão aumentando seu consumo, embora percebam que as marcas estão perdendo a exclusividade: "50 milhões de consumidores de luxo optaram por sair do mercado de artigos de luxo ou foram forçados a sair do mercado nos últimos dois anos. Isso é um sinal para as marcas de que é hora de reajustar suas propostas de valor. Para reconquistar os clientes, especialmente os mais jovens, as marcas precisarão liderar com criatividade e ampliar os tópicos de conversa. Ao mesmo tempo, elas devem manter seus melhores clientes no centro das atenções, surpreendendo-os e encantando-os à medida que redescobrem as interações humanas individuais.
Para todos os clientes, será fundamental dobrar a personalização, aproveitando a tecnologia para conseguir isso em grande escala", é a análise de Claudia D'Arpizio, sócia da consultoria. Quais são os principais problemas que as marcas de luxo precisam considerar para continuar a impulsionar o crescimento? De acordo com Federica Levato, sócia da Bain & Company e diretora de moda e luxo na região EMEA, as marcas devem redescobrir sua essência e se basear em pilares como a desejabilidade impulsionada pelo artesanato, a criatividade e os valores distintos da marca. Além disso, elas devem criar conexões e experiências significativas, personalizadas e culturalmente relevantes para os clientes e implementar tecnologias como a inteligência artificial, que desempenhará um papel fundamental na maioria das áreas de sua proposta de valor.
